sexta-feira, 17 de outubro de 2008

“O sol, sem o qual as coisas não são senão o que elas são”

Nunca ouvi dizer que alguém não gostasse dos pores de sol. Evidentemente me refiro aqueles crepúsculos que são verdadeiros espetáculos proporcionados no imenso palco do panorama por um único autor, o sol.
Chama a atenção o fato de que, independente dos homens se deterem para admirar o astro rei, promove ele suas sublimes pirotecnias esplendidamente adaptadas ao panorama e ao céu que lhe servem de moldura nos mais variados lugares do mundo.
Contudo, temos que reconhecer, existe uma grande indiferença para com o sol por parte da maioria das pessoas. O sol é tratado com a maior indiferença, e, no entanto, sem a sua luz a vida seria impossível, inclusive a humana.
Mas o comum dos homens pouco pensa nisso. Especialmente certa gama de cientistas, de ecologistas etc., para os quais só interessa o buraco da camada de ozônio, o aquecimento global (que meio desmentido pela realidade, foi substituído jeitosamente pela mudança climática. Depende do momento). São personagens quase sempre alheios à Fé Católica, determinados a impingir uma espécie de Fé ecológica aos pobres párias desentendidos. Voltemos ao nosso tema.
De onde vem essa obstinação de negar ao sol o reconhecimento, a admiração, o entusiasmo que o seu alto nível de beleza merece?
Se nos detivéssemos um pouco para saborear a frase que um francês - com um certo tipo de gume que eles têm mais do que ninguém - proferiu sobre o sol, após considerar admirativamente o efeito da sua luz sobre as coisas da Terra.
“O sol, sem o qual as coisas não são senão o que elas são...” Que bela explicitação! Frase aliás, que Dr. Plinio citou em incontáveis ocasiões.



Sem entrar em comparação com o filho daquela nação que é chamada a Filha Primogênita da Igreja, ousemos fazer também uma consideração com o intuito de proporcionar algum regalo para o espírito dos leitores.
Quis Deus Nosso Senhor que o dia dos homens acabasse não raramente com belos pores de sol. O crepúsculo é o fim do dia, o “coucher du soleil”, o deitar do sol; e exerce um misterioso atrativo para os que sabem elevar o espírito e contemplar, no fundo para os que sabem viver.
Sim, porque ao término do dia o sol aparece em sua glória e como que no fim de um longo caminho; caminho que, por sua vez termina na noite.
E lembra ao homem que sua vida nesta terra terminará numa noite. Que na ponta da sua trajetória existe um SER que o aguarda com a promessa de uma glória incalculável, para além a noite. Bem entendido se ele, criatura redimida, souber aproveitar a vida para preparar esse encontro supremo, com o “Supremo Sol” que o criou, o redimiu, o amou infinitamente.
Invoco aqui a frase de Santo Agostinho da qual não me recordo com toda precisão:
“Deus é amigo dos homens e quer sua salvação. Cumpre aos homens tornarem-se amigos de Deus”.


Ao contemplar estes pores de sol, é a frase que nos brota do coração.
Sejamos realmente amigos de Deus.
O resto é ilusão e aflição de espírito.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O futuro depende das mães, verdadeiramente mães

Em 2030 seremos um país de velhos, foi a notícia alarmante divulgada pela mídia recentemente. Grande preocupação, nossas crianças estão diminuindo. O índice de fertilidade da mulher brasileira chegou a 1,7 filhos por mulher no sul e sudeste do Brasil. No futuro os idosos terão que trabalhar mais, a previdência não suportará manter tanta gente, pouquíssimos jovens trabalharão. E além disso, o número de brasileiros já estará com uma forte tendência à redução.
O tema poderia ser abordado sob vários ângulos, todos eles importantes e nada desprezíveis.
Atenho-me em considerar que o esquema de vida moderno transformou enormemente a visão e a vida as mulheres.




O progresso técnico e desenvolvimentista criou a idéia de que a mulher emancipada deve fazer exatamente o que o homem faz. Trabalhar como o homem, tanto nas funções de força como de inteligência, e relegar para um segundo plano aquilo que sempre foi próprio às mulheres.
A mídia, a moda e a pressão modernista fez triunfar o divórcio, considerado uma liberação para os casamentos que não davam certo. Sob este risco, a mulher precisou sair à rua e trabalhar.


O importante passou a ser a boa colocação no mundo do trabalho e, secundariamente, a vida familiar.
Educar filhos ficou mais difícil e, para muitas, se transformou num grande abacaxi, pois enquanto segunda jornada a vida da família se tornou uma necessidade pesada e secundária. Daí, quanto menos filhos melhor.
Um outro tipo de mulher foi imposto como ideal feminino: A mulher masculinizada, executiva e sensual. Secundariamente a esposa fiel e mãe com vários filhos.
Hoje o tiro sai pela culatra.


A realidade mostra que as mulheres realmente tiveram prejuízo. Da mesma forma o Brasil e o mundo.
É evidente que no esquema atual o trabalho feminino virou para muitas uma necessidade. Não critico as mulheres que precisam trabalhar. Mas não vejo como não desejar que essa situação se modifique. Caso contrário o futuro será catastrófico.
Dizia o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira que nada a mulher pode fazer de mais elevado do que um filho. Dar à luz, introduzir o filho no seio da Santa Igreja Católica através do batismo, esculpir-lhe pacientemente a personalidade e educá-lo até o momento em que, já crescido, entra na vida da Nação com o seu contributo único, religiosa e moralmente íntegro, e com ideal de fazer o bem.


Hoje estamos nesta situação: Faltam mães que queiram ser realmente mães, no sentido mais elevado da palavra. O Brasil padece a falta de mães. Das mães que conseguem passar a matriz de bem como só elas sabem, das mães com uma dedicação heróica e desinteressada para com os filhos, das mães cientes que colaboram com Deus no verdadeiro progresso da sociedade e no povoamento do Céu.
Promovam-se as verdadeiras mães, dentro dos verdadeiros matrimônios, que aí sim serão fechadas as prisões, a sociedade se enriquecerá de verdadeiros valores humanos, haverá mais amor entre as pessoas. Não creio que elas realmente se libertaram, pelo contrário.

O Brasil e o mundo depende delas, das mães verdadeiramente mães.
Mães assim são extremamente amadas a vida inteira, na velhice são veneradas, e morrem como que antegozando o Céu, porque são miniaturas de Nossa Senhora.