segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tênis X Sapatos, uma guerra sem sangue, mas de graves consequências

O tênis, conforme o próprio nome, nasceu para se jogar tênis.

Suas características favoreciam idealmente os movimentos daquele esporte, mas traziam subprodutos que conquistaram a adesão de muitas pessoas não tenistas: Eram cômodos, leves, flexíveis, facilmente modelados pelos pés dos usuários etc.

Esses aspectos fizeram com que o uso do tênis se espalhasse para outras práticas esportivas e não tardou para ele ganhar um outro plano da vida: o lazer e a informalidade.

Estar de tênis é mais agradável do que de sapatos.

Vivemos num mundo onde a busca do prazer, em todos os seus aspectos, é um dogma. Por isso, a facilitação de todos os aspectos da vida é uma regra que não vacila em aderir a tudo quanto há de mais agradável, macio, gostoso.

É evidente que, por essa tendência, vai sendo corroído um dos valores fundamentais da vida, a dignidade.

Pessoas que usam o tênis para tudo, fazem da sua vida uma espécie de esporte e são convidados a não considera-la com todo grau de seriedade e respeito que ela merece.

Some-se ainda o fato de existirem determinados modelos de tênis que são grotescos. Quando observados com atenção trazem à mente a lembrança das patas de bichos pré-históricos.

Imagine o leitor que vai entrando a moda dos padrinhos de casamento usarem tênis com terno durante o ritual. Evidentemente, uma coisa extravagante, carregada de informalidade, que concorre para diminuir a elevação e a beleza do importante compromisso que está sendo realizado.

O auge da falta de dignidade são padres que celebram missa de tênis. Existem!

Já as situações comuns da vida, uma vez que a vida é uma luta, exigem que a pessoa se respeite e respeito os outros. No fundo, é a necessidade da dignidade para valorizar as pessoas.

Neste sentido, a superioridade do uso do sapato nas relações humanas, é evidente.

Será que o tênis acabará por vencer definitivamente o sapato?

A maneira da pessoa se apresentar é a expressão que ela quer passar de si mesma. Infelizmente vemos a dignidade se extinguir na maneira como as pessoas se apresentam. Na maioria dos casos pelo excesso de informalidade.

Sem dignidade a luta da vida diminui seu valor e a tendência é baixar o nível de todas as relações humanas.

Este é um direito fundamental da pessoa humana, uma vez que somos reflexos de Deus, dignidade infinita. Contudo os defensores dos famigerados direitos humanos não se preocupam com isso.

Realmente é uma guerra sem sangue, mas de graves consequências.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Castelo de Bragança: uma “relíquia” do futuro

Juntamente com as catedrais medievais, os castelos são o maior alvo do turismo europeu.

O que têm os castelos que atrai tanto?

Não existe conto de fada sem castelo. Nunca ouvi dizer de um conto de fada ocorrido no palácio do Planalto, por exemplo.

Que relação há entre a fada delicada de porcelana e o rude castelo? Não é o objeto desta análise. O tema do artigo é outro.

A foto do castelo de Bragança, acima, nada mais é do que a vista que se tem a partir da Pousada São Bartolomeu.

O primeiro olhar surpreende agradavelmente pela sensação de força, de solidez, de estabilidade e a conjugação de lindas proporções.

Sua torre de menagem data do século XV; as primeiras muralhas do século XII, portanto está carregado de tradições cada uma mais interessante que a outra.

Notemos que o centro primeiro da cidade incluindo casas – desde séculos habitadas por proprietários particulares – e a Igreja de Santa Maria, é abraçado pela proteção das muralhas.

Quantas considerações fazem brotar no espírito esta relação.

A igreja faz lembrar, para usar uma metáfora de Nosso Senhor, uma galinha acolhendo seus pintainhos, que são as casas.

É Ela que, através do clero fiel à sua missão, dá a formação doutrinária e moral, que equilibra as relações sociais, desiguais e harmônicas convém frisar, e prepara as almas para o céu.

Após os atos religiosos, por suas portas saem nobres e plebeus.

Saem moças castas e sérias que serão futuras mães de famílias indissolúveis.

Saem matriarcas com sua longa experiência em “talhar” o caráter de filhos sempre legítimos.

Saem jovens capazes de qualquer tipo de atuação - religiosa, militar, administrativa -, sempre dispostos a lutar como heróis no alto daquelas muralhas míticas defendendo a cidade.

Saem ainda homens maduros e anciãos com uma larga quota de dedicação ao seu Senhor e à Igreja.

Quanto à nobreza, tem sua posição de mando, de governo, da justiça, do imposto do sangue – imposto de defender o povo e o País nas guerras em qualquer hipótese. Está representada pela grande torre e pelas muralhas.

É fato que da Civilização Católica saíram os maiores homens da história.

Organizada assim a sociedade, e só assim, ela é realmente viva e se prolonga luminosamente no tempo; gera a tradição.

O oposto disso é representado por um aspecto de uma cidade moderna. Tudo é planejado artificialmente, a ideia de religião e de nobreza estão ausentes. Reina o anonimato socialista, o igualitarismo “standartizante”, recheiam as casas famílias desfeitas, uniões ilícitas, a preocupação exclusiva com o ganhar dinheiro e sentir prazer.

O estilo de vida moderno não é vida. Amanhã mesmo se realizará a Marcha das Vadias (recuso-me empregar a palavra que está sendo usada), na Praça dos ciclistas em São Paulo. É um símbolo...

O mundo moderno é um defunto em avançado estado de decomposição. Prova disso é o movimento ecologista, ponta de lança da post modernidade, que deseja lançar tomo mundo na selva, sem Deus, sem maneiras, sem dignidade no trajar, sem saber se comportar, sem conteúdo no falar, nus e sujos – conforme várias amostras que já pululam por todos os lados.

Por mais incrível que pareça, no futuro, é para algo regido pelos princípios representados em Bragança que caminhamos.

Digo como Plinio Corrêa de Oliveria me ensinou: “O mundo caminha para o Reino de Maria!”

É certíssimo. Foi Nossa Senhora mesma que profetizou em Fátima.

Profecia que transforma em decrepitude tudo o que está fora da organicidade, da lei natural e dos Mandamentos.

E promove a “saudades” do futuro tudo o que as sãs tradições formaram durante séculos.

Com uma diferença.

O Reino de Maria será muitíssimo superior a tudo quanto houve no passado. Doa a quem doer.

Alegria para os que esperam uma imensa virada.