segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Vivamos um Natal sem hipocrisia

                Mais uma vez, nos aproximamos do Natal. Outrora se dizia Santo Natal, mas chamar o Natal de Santo hoje é propriamente um disparate.
                Porque o Natal hoje é sinônimo de boas vendas, luzes frias e postas sem sentido enchem as ruas e shoppings. Balconistas esboçam sorrisos interesseiros para conquistar clientes. O grande astro é o Papai Noel, marketeiro ateu. Os brinquedos já não são inocentes, nem maravilhosos, mas reproduzem frequentemente seres horríveis da TV ou do cinema. As pessoas viajam e se largam, se desabotoam, nos ambientes ondem vivem as festas. Come-se demais, bebe-se demais, veste-se de menos, relaxam-se os costumes e as maneiras. Nada de sobrenatural, nada de elevação, nada de piedade autêntica. Excessos se sucedem nos dias de comemoração, antecedendo a frustração da volta para casa. Buscou-se em tudo o maior prazer, mas não foi encontrado. Uma sensação de fracasso invade as almas. Após a chegada em casa, a marcação de consulta ao psicólogo, ao psiquiatra, para sair da depressão.
                Sobretudo Aquele que é a razão do Natal ficou completamente esquecido. Para esses, Deus, o Salvador, o Redentor em nada lhes é sensível e está completamente ausente. São os hipócritas. Comemoram o aniversário sem dar a menor importância ao aniversariante.

                Porém, felizmente há outros que sabem como viver adequadamente a grande festa.
                Recolhidos, cheios de gratidão pela vinda do Messias, contemplam o Menino Jesus, Verbo de Deus encarnado, que dorme numa pobre manjedoura, guardado por Nossa Senhora e São José. Lembram-se esses de agradecer o bem infinito da redenção. Lembram-se que essa redenção foi a maior prova de amor que Deus pode demonstrar por suas criaturas. Sentem-se por isso felizes por pertencerem a esse Deus infinitamente bom, e procuram expressar-Lhe sua profunda união.
                Rezam e meditam, sim, mas também comem e bebem com equilíbrio, comportam-se como seres nos quais a alma predomina e rege todos os seus atos. Uma temperança mantem nos devidos limites tudo o quanto fazem. Por isso, no final, não se sentem frustrados, mas elevados; não se sentem desarranjados, mas ordenados; não se sentem tristes, mas felizes. Viveram o Santo Natal e, pelo favor de Nossa Senhora, receberam graças que os aproximaram ainda mais do seu Criador que veio ao mundo para redimi-los.

                Esse é um Natal sem hipocrisia, cheio de autêntico amor, de união e verdadeira paz. Assim devemos viver o Santo Natal.
                Desejamos a nossos leitores um Santo Natal e um Ano Novo repleto de graças que se estendam por todo 2014.

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